Avanço foi de 3,2% em abril, ante o mesmo mês do ano passado.
Média diária de vendas chega a 4.446 unidades, sendo o melhor resultado do mês de abril desde 2015

O setor de motocicletas continua em ritmo de crescimento. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo mostram que em abril saíram das linhas de produção 91.220 unidades, aumento de 3,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado (88.422 unidades). Na comparação com março passado (91.537 unidades), houve um recuo de 0,3%.

 

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano foram produzidas 368.055 motocicletas no Polo Industrial de Manaus – PIM, correspondendo a uma alta de 5,8% ante igual período de 2018 (348.009 unidades).

Em recente revisão de suas projeções, o setor passou a ter a expectativa de produzir 1.100.000 motocicletas em 2019, volume 6,1% superior ao de 2018 (1.036.846 unidades).

“Houve uma ampliação da oferta de crédito pelas instituições financeiras, sobretudo bancos de montadoras. Além disso, cresce a contemplação de motocicletas pelo sistema de consórcio, contribuindo para o aquecimento da demanda. O Crédito Direto ao Consumidor – CDC e o Consórcio representam quase 70% das vendas de motocicletas no mercado nacional”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

O presidente da entidade também comenta que o fato do mercado de motocicletas se mostrar continuamente aquecido em um contexto econômico relativamente adverso, em que as taxas de desemprego ainda se mantêm elevadas e a inflação se encontra em ascensão, decorre do atendimento a uma demanda deprimida verificada desde o segundo semestre do ano passado. “O desejo de compra de motocicletas estava evidente, porém o consumidor tinha dificuldades para encontrar o modelo específico que pretendia adquirir. Como as fabricantes reviram seus planos e processos de produção nos últimos meses, foi possível atender a esta demanda específica de maneira bem mais objetiva. Daí resultou o aumento em parte significativa dos negócios”, explica Fermanian.

VENDAS NO ATACADO

Em abril as vendas no atacado – repasse para as concessionárias – somaram 90.267 motocicletas, alta de 14,9% ante abril de 2018 (78.536 unidades). Contudo, na comparação com março (93.559 unidades) houve recuo de 3,5%.

De janeiro a abril deste ano as vendas no atacado somaram 360.908 unidades, alta de 15,5% ante mesmo período de 2018 (312.546 unidades).

EMPLACAMENTOS

De acordo com levantamento do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), foram emplacadas 93.370 motocicletas em abril, alta de 13,7% ante o mesmo mês de 2018 (82.118 motocicletas). Na comparação com março (83.798 unidades), o aumento foi de 11,4%.

Em abril a média diária de vendas foi de 4.446 unidades, crescimento de 13,7% ante abril do ano passado (3.910 unidades) e de 0,8% ante março (4.410 motocicletas). Este é o melhor resultado alcançado pelo setor no mês de abril desde 2015, que apresentou média diária de 5.408 unidades.

Ainda com base nos dados do Renavam, de janeiro a abril foram emplacadas 352.022 motocicletas, alta de 16,8% ante o mesmo período de 2018 (301.422 unidades).

EXPORTAÇÕES

Em abril foram exportadas 2.924 motocicletas, recuo de 56,2% ante o mesmo mês de 2018 (6.672) e queda de 17% na comparação com março passado (3.525 unidades). No acumulado dos quatro primeiros meses do ano foram embarcadas para os outros países 14.306 unidades, redução de 52,3% ante o mesmo período do ano passado (29.992 unidades).

Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, a Argentina foi o principal comprador de motocicletas brasileiras em abril, com 1.818 unidades, 66,5% do total. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos, com 328 unidades e 12% de participação, e em terceiro a Colômbia, 200 unidades e 7,3% de participação.

De janeiro a abril, a Argentina manteve a liderança com 5.650 motocicletas compradas do Brasil, correspondendo a 43,9% do total, seguida pelos Estados Unidos, com 2.552 unidades e 19,8% de participação, e pelo Canadá, com 1.488 unidades, representando 11,6% do total exportado.

DESEMPENHO POR CATEGORIA NO ATACADO

A Street liderou o ranking de motocicletas mais comercializadas por categoria no País em abril, com 47,4% de participação (42.770 unidades. Em segundo lugar ficou a Trail, com 18,5% (16.681) e em terceiro a Motoneta com 16,4% (14.843 unidades).

Na sequência do ranking vieram Scooter, com 10,7% de participação (9.636 unidades) e Naked, com 2,4% de participação (2.130 unidades).

De janeiro a abril as categorias se posicionaram da seguinte forma no ranking: Street em primeiro com 50,7% de participação (183.026 motocicletas, alta de 15,7% ante 158.133 unidades no mesmo período do ano passado). Em segundo lugar ficou a Trail, com 19,2% de participação (69.140 unidades, queda de 0,9% ante 69.784 unidades no mesmo período do ano passado). Em terceiro, a Motoneta com 15,4% de participação (55.459 motocicletas, alta de 25,9% ante 44.046 unidades no mesmo período do ano passado). Em quarto aparece a Scooter com 8,3% (29.868 unidades, alta de 41,7% ante 21.071 unidades no mesmo período do ano passado). Em seguida está a Naked com 2,4% (8.704 motocicletas, alta de 15,9% ante 7.513 unidades no mesmo período do ano passado).

As características básicas das motocicletas de cada categoria são estas:

  1. Street – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso urbano.
  2. Trail – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não pavimentado.
  3. Motoneta – motociclo underbone, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada e dotado de câmbio automático ou semiautomático.
  4. Scooter– Motociclo de câmbio automático ou semiautomático, concebido para privilegiar o conforto.
  5. – Motocicleta sem carenagem, com motor propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em terrenos pavimentados. Semelhante a uma motocicleta versão “Sport” sem a carenagem.

Big Trail – Motocicleta de média ou alta cilindrada destinada ao uso misto em terrenos pavimentados e não pavimentados.

Off-Road – Motocicleta de qualquer cilindrada destinada exclusivamente à utilização em pisos não pavimentados.

  1. Custom Motocicleta caracterizada por sua vocação para percursos de estrada, destacadamente os mais longos, chamadas de “estradeiras”, que não priorizam velocidade e, sim, conforto.
  2. Sport Motocicletas de cilindradas médias ou superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.
  3. Ciclomotor Veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³.
  4. Touring Motocicletas usualmente de alta cilindrada concebidas para utilização em turismo e viagens de grandes distâncias.

DESEMPENHO DE SCOOTERS NO VAREJO

Os emplacamentos de motocicletas da categoria Scooter somaram 7.735 unidades em abril, correspondendo a uma alta de 30,9% ante o mesmo mês do ano passado (5.910 unidades) e de 29,1% na comparação com março (5.991 unidades).

Nos quatro primeiros meses do ano foram licenciadas 26.467 Scooters, representando uma alta de 13,3% ante 23.361 unidades do mesmo período de 2018.

PROJEÇÕES DE MOTOCICLETAS

 

2018

PROJEÇÃO

2019

VARIAÇÃO

%

VARIAÇÃO
Volume

Produção

1.036.846

1.100.000

6,1%

+ 63.154

Exportação

68.073

40.000

– 41,2%

– 28.073

Atacado

957.617

1.060.000

10,7%

+ 102.383

Varejo

940.108

1.020.000

8,5%

+ 79.892

                                                                                                                                             FONTES: Associadas da Abraciclo / Renavam

Sobre a ABRACICLO e o Setor de Duas Rodas

Com 43 anos de história e contando com 14 associadas, a ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – representa, no País, os interesses dos fabricantes de veículos de duas rodas, além de investir em ações visando a paz no trânsito e a prática da pilotagem segura. A fabricação nacional de motocicletas, quase totalmente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM), está entre as oito maiores do mundo. No segmento de bicicletas, com as principais fábricas também instaladas no PIM, o Brasil se encontra na quarta posição dos principais produtores mundiais. No total as fabricantes do Setor de Duas Rodas geram mais de 12 mil empregos diretos.

MOTOCICLETAS*

BICICLETAS*

Frota nacional: acima de 27 milhões
de unidades

Frota nacional: mais de 70 milhões
de unidades

Produção anual: acima de 1 milhão de unidades

Produção anual: 2,5 milhões
de unidades**

8º maior produtor mundial

4º maior produtor mundial

(*) Dados do fechamento de 2018.
(**) Excluídas as bicicletas infantis, classificadas como brinquedos.

Para mais informações acesse o site

www.abraciclo.com.br

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MAIO, 2019

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