Encontro reuniu profissionais da imprensa, empresas e entidades do Setor Duas Rodas em rodada de palestras sobre emissão de poluentes, situação atual do trânsito, engenharia mecânica, entre outros assuntos

No 1° Workshop Duas Rodas, realizado nesta semana pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), os mais de 60 participantes – entre jornalistas, representantes das empresas fabricantes de motocicletas e de entidades relacionadas ao setor – tiveram a oportunidade de discutir vários temas pertinentes ao segmento e se aprofundar em assuntos recorrentes na mídia.

“O retorno dos presentes ao longo das quatro horas de duração do workshop foi muito positivo. Avaliamos todos os aspectos da motocicleta e do setor, desde a emissão de poluentes até a perspectiva do motofretista”, afirmou Moacyr Paes, diretor executivo da entidade.

Alfredo Peres, diretor geral do DENATRAN, foi convidado a fazer a abertura do evento. Peres elogiou a iniciativa e abordou a atual situação do trânsito nacional, ressaltou o grande crescimento da presença da motocicleta na frota brasileira e a necessidade de projetos visando melhorar a relação entre motoristas e motociclistas.

Paulo Macedo, coordenador de Resíduos e Emissões do IBAMA, falou sobre as fases do PROMOT – Programa de Emissões para motocicletas – e parabenizou a indústria brasileira por ter conseguido adequar o veículo duas rodas às exigências atuais de emissões em um curto espaço de tempo, o que deixou a motocicleta igualada aos automóveis no quesito emissões.

O palestrante Ricardo Bock, coordenador do curso de Engenharia Automotiva da FEI, afirmou durante sua apresentação que a motocicleta elétrica é mais viável para o sistema brasileiro, do ponto de vista mecânico, do que o carro elétrico.

Gilberto Santos, presidente do Sindimoto-SP, abordou a atual situação dos motofretistas e apontou como prioridade para 2011 a regulamentação dos mais de 20 mil profissionais existentes nas ruas atualmente e a necessidade de serem firmadas parcerias com entidades do setor e órgãos públicos.

Por sua vez, Marcelo Araújo, assessor jurídico de trânsito, esclareceu dúvidas sobre legislação de trânsito e afirmou que uma eventual proibição da circulação da motocicleta entre veículos pode ser extremamente prejudicial ao trânsito.

Por último, J. Pedro Corrêa, especialista em segurança no trânsito, propôs ações para sanar o problema do caos no tráfego, partindo de um sistema com mais autonomia e autoridade. Corrêa também ressaltou a importância de se adotar uma cultura de segurança, não apenas nas ruas como também no cotidiano brasileiro, e destacou o fato de que a próxima década terá, através de plano da ONU, a segurança no trânsito como foco em projetos desenvolvidos mundialmente.

“Os palestrantes foram claros e didáticos. Além disso, foi de suma importância que uma entidade como a Abraciclo, que possui uma grande credibilidade no setor, proporcionasse este tipo de reunião para esclarecimentos e apresentação de novidades. Tanto as entidades relacionadas como os fabricantes e a imprensa puderam trocar informações e obter dados sobre especialidades diversas envolvendo o setor, o que foi muito construtivo”, conclui Moacyr.

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