Reaquecimento da economia e investimentos garantem equilíbrio ao segmento

2010 foi um ano de mudanças e conquistas. Com o setor de Duas Rodas mais maduro, depois da crise que se estendeu até meados de 2009, o mercado de motocicletas se organizou e protagonizou ao longo dos últimos 12 meses um aquecimento equilibrado e constante.

A Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, atuou em diversas frentes visando esse desenvolvimento e fomentação do mercado. O resultado desse trabalho pôde ser sentido não apenas nos resultados apresentados pelo setor, bem superiores aos de 2009, como também na volta das facilidades de compra ao consumidor.

Apesar de ainda sertirmos um maior rigor na liberação de financiamentos, comparado com 2008, os números não mentem: o crédito (liberações por consórcio e financiamento) representou 74% das vendas em 2008, 75% em 2009 e 80 só nos primeiros seis meses de 2010. Esse crescimento foi puxado principalmente pela categoria consórcio, que representou 22% das negociações em 2008, 27% em 2009 e alcançou 30% no primeiro semestre de 2010. Já os financiamentos, que representavam 52% das modalidades de compra em 2008, sofreram queda para 48% em 2009 e apresentaram leve recuperação em 2010, representando 50% das comercializações do primeiro semestre deste ano. Independentes do crédito, as compras efetuadas por meio de leasing registraram, entre 2008 e 2010, uma queda de 8%, enquanto as comercializações a vista seguiram paraticamente estáveis.

“As instituições financeiras ainda estão rigorosas, mas a disponibilidade de crédito melhorou em comparação com 2009. A cautela dos bancos é positiva, uma vez que temos assim um crescimento moderado e constante, o que permite planejamento e organização do setor como um todo, ao invès de saltos irregulares”, afirma Jaime Teruo Matsui, presidente da Abraciclo.

O investimento das fabricas também segue em ascensão. Novas fábricas e ampliações das já existentes foram realizadas, somando mais de R$ 170 milhões em investimentos. As apostas em novas tecnologias também seguem em avanço, como, por exemplo, nas motocicletas no tipo flex, nas bicicletas e motos eléticas, nos sistemas antifurtos, entre outras novidades. “O setor Duas Rodas não parou de investir em inovações e incrementos. Queremos oferecer sempre o melhor produto para o consumidor”, relata Matsui.

Participação no Governo
Com representantes na Câmara Temática de Habilitação e na Câmara Temática de assuntos Veiculares, A Abraciclo participa das discussões envolvendo o setor, como as que envolvem o processo de formação do contudor e resoluções que facilitem a fiscalização da motocicleta, por exemplo.

A entidade também está envolvida com as decisões do sistema de rastreadores e, vale ressaltar, as fabricantes já possuem tecnologia para implementação de tal equipamento. Segundo já estabelecido e publicado pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), para os ciclomotores, motonetas, motocicletas, triciclos e quadriciclos a exigência da instalação de kit antifurto começa em maio de 2011, inicialmente abrangendo 5% da produção total, e com esse percentual aumentando progressivamente até atingir os 100% em maio de 2012.

Mas os avanços de 2010 não dizem respeito apenas a aspectos econômicos e tecnológicos. Preocupada com a segurança no trânsito e focada em ações de conscientização da população, uma grande consquista que contou com a atuação da Abraciclo foi a implantação do curso obrigatório de 30 horas para motofretistas, oferecido gratuitamente e que visa o treinamento de preparo do condutor, evitando assim acidentes e ferimentos que podem ser facilemrnte evitados.

“Já temos mais de 16 milhões de motocicletas na ruas do país. Temos que conviver em harmonia no trânsito, uma vez que nos veículos de duas rodas vieram para ficar. Tudo que estiver ao alcance da Abraciclo será feito, tanto na parte de segurança quanto na de conscientização do condutor”, concluiu Matsui.

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