Para não aumentar o número de contaminações por coronavírus, 258 empresas do polo industrial do Amazonas mantêm protocolos de segurança

Após o fechamento de 90% das fábricas instaladas no polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM), por causa da explosão de casos de coronavírus (covid-19), com pico em abril e maio, mais da metade das indústrias (53,33%) já está em pleno funcionamento.
A informação é do presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco. Os dados foram repassados na reunião semanal do Comitê Indústria ZFM Covid-19.

De acordo com os dados do Cieam, cerca de 30% das 258 indústrias pesquisadas estão com suas capacidades de instalação retomadas, variando entre 60% e 90%.

Somente 3,33% do total das fábricas da ZFM ainda estão com atividades totalmente suspensas por causa do coronavírus.

Segundo Périco, a reabertura gradual do polo industrial tem forçado as empresas a implementar os protocolos de segurança com mais rigor a fim de impedir novas contaminações.

Desse modo, nessas duas primeiras semanas de julho, ocorreram 67 protocolos de acompanhamento e 106 comunicados por parte dos funcionários a 173 empresas.

Testes rápidos são reduzidos

Pelos dados do Cieam, caiu a quantidade de testes rápidos para covid-19 no distrito industrial: 66% das empresas não realizaram a segunda testagem, enquanto somente 34% delas realizaram o protocolo de segurança.

Périco informou ainda que houve um aumento de 36% no número de contaminações entre a primeira e segunda testagem.

No último teste rápido realizado pelas empresas, 51 trabalhadores do polo industrial testaram positivamente.

“As precauções e protocolos de segurança estão sendo realizados. E com essas ações, temos conseguido evitar que a maioria dos funcionários adentre às empresas portando o vírus”, afirmou Périco.

O presidente do Cieam alega que a contaminação não pode ser zerada porque os trabalhadores não ficam 100% no ambiente fabril, mas os protocolos de segurança visam, sim, evitar com que as pessoas entrem nas fábricas e provoquem uma contaminação em alta escala.

As medidas do protocolo de segurança adotadas nas 258 empresas da ZFM que retornaram às atividades são as seguintes:

  • Home office em 206 empresas;
  • Medição de temperatura ocorre em 230 fábricas;
  • Grupo de risco em casa – 235
  • Uso de máscara – 244
  • Distanciamento entre os trabalhadores – 244
  • Disponibilização de álcool em gel – 245

O pior já passou, diz estudo

Na 17ª reunião do Comitê Indústria ZFM Covid-19, Périco fez uma comparação dos casos de coronavírus no polo industrial a partir do estudo de Denis Minev, diretor-presidente do grupo Bemol.

Segundo os dados do estudo da covid-19, produzida pelo empresário amazonense, o pior já passou em Manaus, mas a situação ainda é grave e requer cuidados.

“A reabertura não causou uma segunda onda; já se passaram 24 dias da reabertura e não houve aumento de internações nem de mortes”, afirma Minev.

De qualquer forma, afirma o empresário, a ausência de uma segunda onda em Manaus indica que uma parcela grande da população deve ter imunidade.

“A violência com que a primeira onda afligiu Manaus, elevando o número normal de enterros de 28 para 167 (6 vezes mais), é a principal evidência”.

Comitê Indústria ZFM Covid-19

O colegiado, que reúne semanalmente para avaliar os efeitos da pandemia no Amazonas, tem a participação de lideranças empresariais da Fieam, Cieam, Eletros e Abraciclo.

O comitê empresarial tem por objetivo aconselhar, sugerir, mobilizar competências e recursos para o enfrentamento do novo coronavírus que afeta a saúde e a economia do Amazonas e da sociedade brasileira.

Segundo o presidente do conselho superior do Cieam, Luiz Augusto Rocha, das 90 sugestões encaminhadas ao comitê, 95% delas já foram executadas.

Entre as ações voluntárias realizadas pelo grupo empresarial, está a doação de 250 toneladas de alimentos às famílias amazonenses.

 

Fonte: BNC – Amazonas – AM
Data: 16/07/2020

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