As avenidas Henrique Schaumann e Brasil, na Zona Sul de São Paulo, ganharam nesta semana trechos novos de ciclovia, que fazem parte do Plano Cicloviário da São Paulo, apresentado em dezembro do ano passado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).

No plano, o prefeito prometeu implantar 173 km de novas Ciclovias até dezembro deste ano, após três anos à frente da prefeitura sem construir nenhum novo quilômetro de ciclovia na capital paulista.

O novo trecho da Henrique Schaumann e da Avenida Brasil tem cerca de 1,5 km e vai da Avenida Paulo VI até a Rua Guadelupe, no Jardim Europa, onde a nova ciclovia se interliga com o trecho que leva para o Parque do Ibirapuera, passando pelas ruas Uruguai, Antilhas, México e Hungria, que também foram revitalizados pela prefeitura, recebendo pintura e nova sinalização.

Segundo a CET, até o fim de 2020, a capital paulista terá uma malha cicloviária de 676 km de Ciclovias e Ciclofaixas, ao custo total de R$ 325 milhões de investimentos em estruturas cicloviárias, acompanhados de R$ 250 milhões usados no recapeamento das vias.

“O Plano Cicloviário promove a requalificação de 310 km, dos 503 km de infraestruturas cicloviárias existentes na cidade. O Plano também implementa 173,5 km de novas conexões, que integrarão as Ciclovias existentes formando uma malha integrada entre si e aos demais modais de transporte por meio de terminais de ônibus e estações de trem e metrô. A nova malha também aumenta a conexão das bicicletas com equipamentos públicos, como escolas e unidades de saúde”, informou a CET.

A nova ciclovia faz parte de uma pacote de 13,5km de novas Ciclovias e Ciclofaixas, que tinham sido anunciadas pela prefeitura em fevereiro, com obras já em andamento. Na época do anúncio, sete obras contempladas estavam em diferentes estágios de progresso, algumas ainda em topografia e outras em fase de obras. Os trechos são os seguintes:

  • Avenida São Miguel, 5,2 km
    A ciclofaixa vai se conectar à ciclovia da Avenida Dom Elder Câmara e à estrutura cicloviária da Estrada de Mogi das Cruzes.
  • Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 1km
    A ciclofaixa será ampliada até a Avenida Ordem e Progresso.
  • Rua Doutor Freire Cisneiro, 1,1 km
    A estrutura fará a ligação com a Avenida Inajar de Souza.
  • Rua José Bernardo Pinto, 0,7 km
    A estrutura vai alcançar a Avenida Otto Baumgart.
  • Rua Iapó, 1,7 km
    A ciclofaixa fará a conexão entre a Avenida Braz Leme e a Rua Samaritá.
  • Avenida Henrique Schaumann, 1,5 km
    A ciclovia liga a Avenida Paulo VI até a Rua Guadelupe, passando pela Avenida Brasil, pelo canteiro central.
  • Rua Domingos de Morais, 2 km
    A ciclofaixa vai continuar aquela que dá acesso ao Metrô Vila Mariana para conectar a região ao Jabaquara.

Ciclovias são separadas em nível do viário dos veículos Motorizados, como aquelas da Faria Lima e da Paulista, enquanto Ciclofaixas são espaços exclusivos para o ciclista, mas divididas no próprio viário, como na Consolação. Das sete novas estruturas, apenas duas são Ciclovias: na Henrique Schaumann e na Domingos de Morais.

Nesta primeira fase das obras, a Zona Leste foi a região mais contemplada, com 5,2 km de Ciclovias, seguida pela Zona Norte, com 4,6 km.

São Paulo tem atualmente uma rede viária de 20 mil km e cicloviária de 503,6 km — sendo 473,3 km de Ciclovias e Ciclofaixas e 30,3 km de Ciclorrotas, que mantém a mesma desde 2016, tendo sido ampliada pela última vez na gestão de Fernando Haddad (PT).

Em 2018, a gestão Bruno Covas (PSDB) apresentou um projeto para criar mais 1.420 km de Ciclovias até 2028. Durante o último ano, essa primeira versão da proposta foi discutida com especialistas e população por meio de audiências públicas e reuniões nas 32 subprefeituras. As sugestões e análises da prefeitura deram origem ao novo Plano Cicloviário, lançado no final de 2019.

O G1 questionou a prefeitura e a CET sobre o quanto do novo Plano Cicloviário da cidade já foi executado nesse primeiro semestre de 2020 e como as obras estão evoluindo, mas não obteve retorno.

 

Fonte: G1 – SP
Data: 18/07/2020

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